“A escrita deve ter nascido da necessidade de não esquecer.”
Luis Fernando Veríssimo
Anotações esparsas em pedaços de papel, quando disponíveis. O resultado não poderia ser outro: esquecimento.
Guimarães Rosa registrava a linguagem do povo em suas andanças. Levava lápis e caderno. Na maioria das vezes, eu nem levava a digital, quando estava com o celular, ainda tirava umas fotos. Estava lá para rever a família e as paisagens desde menina conhecidas. Muitas histórias para contar olho no olho, outras muito pessoais e há ainda as impublicáveis. A cada dia me convenço de que não nasci para escritora, sou mesmo uma contadora de histórias, preservo a tradição.
Este pôr-do-sol no Rio São Francisco em Piaçabuçu foi uma das mais belas imagens clicadas. Não tomei banho em suas águas, no entanto, todos os dias, ia para a beira do rio olhar aquela imensidão, observar os pescadores, as lavadeiras, o mergulho das crianças, recordar o tempo em que levava até sabonete e me assustava com o burro se refrescando e acompanhado do dono que enchia as latas para abastecer os casebres. Ah, o Velho Chico não pode acabar!
A luz se arrasta para a escuridão.
A claridade retorna e traz consigo aquela beleza de cores, formas, sons e cheiros.
A calmaria recuperou minha energia e a esperança de dias pacíficos.
O rio é dela, da minha mãe alagoana.
Luis Fernando Veríssimo
Anotações esparsas em pedaços de papel, quando disponíveis. O resultado não poderia ser outro: esquecimento.
Guimarães Rosa registrava a linguagem do povo em suas andanças. Levava lápis e caderno. Na maioria das vezes, eu nem levava a digital, quando estava com o celular, ainda tirava umas fotos. Estava lá para rever a família e as paisagens desde menina conhecidas. Muitas histórias para contar olho no olho, outras muito pessoais e há ainda as impublicáveis. A cada dia me convenço de que não nasci para escritora, sou mesmo uma contadora de histórias, preservo a tradição.
Este pôr-do-sol no Rio São Francisco em Piaçabuçu foi uma das mais belas imagens clicadas. Não tomei banho em suas águas, no entanto, todos os dias, ia para a beira do rio olhar aquela imensidão, observar os pescadores, as lavadeiras, o mergulho das crianças, recordar o tempo em que levava até sabonete e me assustava com o burro se refrescando e acompanhado do dono que enchia as latas para abastecer os casebres. Ah, o Velho Chico não pode acabar!
A luz se arrasta para a escuridão.
A claridade retorna e traz consigo aquela beleza de cores, formas, sons e cheiros.
A calmaria recuperou minha energia e a esperança de dias pacíficos.
O rio é dela, da minha mãe alagoana.
O rio é de todas as mulheres desta terra farta e abençoada.
O rio é do nordestino que, embora sem muitas condições de superar a miséria, tem amor às suas raízes e se mantém na terra, com uma fé só compreendida por quem convive com este povo forte do interior.
Certamente, preciso voltar muitas vezes para desvelar histórias que ficaram adormecidas na memória coletiva.
Um comentário:
Olá amiga, adoro as novidades postadas por vc aqui neste espaço tão inteligente e ricamente ilustrado!!! Qto ao cansaço, citado por você... Acho melhor rever seus conceitos (rsrsrs), vc acabou de retornar de férias, como assim cansaço??? Grande beijo e seja feliz!!!
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