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terça-feira, 20 de maio de 2008

A Teia da Vida

Daniel Munduruku e Maurício Negro

Parceiros na Editora Global, Daniel Munduruku e Maurício Negro publicaram os livros Parece que foi ontem, A primeira estrela que vejo é a estrela do meu desejo e outras histórias indígenas de amor e Outras tantas histórias indígenas de origem das coisas e do Universo.





Parece Que Foi Ontem

"Simplicidade. Sabedoria. Valores aprendidos em comunhão. Daniel Munduruku viveu e vive esses valores e, com muita simplicidade e sabedoria, nos conta um pouco de seu exercício de pertencimento. "Os velhos sãp sábios. Sábios não porque ensinam através das palavras, mas porque sabem silenciar e no silêncio mora a sabedoria. (...) É assim que vivemos nossa tradição. É assim que desempenhamos nosso ser social: pelo respeito às tradições, pelo respeito ao saber do outro e pelo exercício do pertencimento a uma teia que nos une ao infinito." O livro permite também uma experiência bastante diferente - uma viagem por um novo código: a língua dos Munduruku."

A Primeira Estrela que vejo é a Estrela do
meu Desejo e Outras Histórias Indígenas de Amor

"A Estrela das Águas", "Candiê-Cuei", "Só o Amor é Tão Forte", "A Primeira Estrela que Vejo é a Estrela do Meu Desejo" e "O Perfume Enlouquecedor", cinco histórias que, segundo o autor, Daniel Mundukuru, são para serem lidas com o coração. O amor é fundamental para nossas vidas. (...) Se olharmos a história das relações humanas veremos que ela é feita de encontros e desencontros. Seja no ocidente ou no oriente, as pessoas se relacionam umas com as outras buscando uma fórmula para se viver bem a maravilha experiência de estar vivo. (...) Com os povos indígenas acontece da mesma forma. (...) Há, porém, um elemento importante nas histórias de amor que alimenta nossos povos: o amor tem uma dimensão social fundamental. (...) É possível amar alguém e amar toda uma comunidade ao mesmo tempo. "




Outras tantas histórias indígenas de origem das coisas e do Universo
"Quatro histórias são recontadas pelo autor. Duas tratam da origem do fogo, uma do mito do povo Tariano, do Amazonas, e outra do mito do povo Bororo, de Mato Grosso; uma terceira sobre a origem do Universo, mito do povo Aruá, habitante da região de Rondônia, e uma quarta sobre a origem do povo Kaiapó, habitante da região do Pará. No prefácio do livro, o autor, Daniel Munduruku, comenta: Estas histórias que estou recontando fazem parte de um grande diálogo entre natureza e cultura. É uma conversa que vem se repetindo ao longo da história humana neste nosso planeta. (...) Estas histórias contam como alguns dos povos indígenas do Brasil criaram um caminho muito próprio e especial e como "receberam seus bens culturais" que os tornou humanos sujeitos a erros e a acertos durante sua caminhada. É com este olhar que os convido a entrar em contato com estas histórias... "



Agora lançam A Palavra do Grande Chefe no Espaço Biblioteca do 10º Salão do Livro da FNLIJ no Museu de Arte Moderna, dia 24 de maio às 16 horas.



“Lançar A PALAVRA DO GRANDE CHEFE é um sonho compartilhado com o escritor e parceiro Daniel Munduruku. Durante alguns anos reunimos diversas versões, recortes e fragmentos – dos mais diversos autores – que se prontificaram a recontar o célebre pronunciamento do carismático líder indígena. Fizemos nossa própria releitura. Quem jamais conheceu nenhuma delas, ou mesmo quem guarda o discurso na memória, terá uma outra oportunidade de ler A PALAVRA DO GRANDE CHEFE, afirma Maurício Negro em seu blog, aliás, o ilustrador tem dois: Feijão Preto e Negro Atividade.


Sempre usei fragmentos do discurso feito pelo Chefe Seattle ao Presidente Franklin Pierce em 1854 quando ainda não havia livros disponíveis de temática e autoria indígenas. Como o livro é insubstituível, será maravilhoso ter em mãos um objeto de tal valor. Para quem não lembra desta declaração de amor e respeito à natureza, seguem alguns trechos:




“Como você pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? A idéia é estranha para nós.
Se nós não somos donos da frescura do ar e do brilho da água, como você pode comprá-los?
Cada parte da Terra é sagrada para o meu povo...


Ensinem as seus filhos o que ensinamos aos nossos,
que a Terra é nossa mãe.
Tudo o que acontece à Terra, acontece aos filhos da Terra.
Se os homens cospem no chão, eles cospem em si mesmos.

Isto nós sabemos – a Terra não pertence ao homem –
o homem pertence à Terra.
Isto nós sabemos.
Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família.
Todas as coisas estão ligadas.

Tudo o que acontece à Terra – acontece aos filhos da Terra.
O homem não teceu a teia da vida – ele é meramente um fio dela.
O que quer que ele faça à teia, ele faz a si mesmo.

Mesmo o homem branco, cujo Deus anda e fala com ele como de
amigo para amigo, não pode ficar isento do destino comum.

Podemos ser irmãos, afinal de contas.
Veremos.
De uma coisa nós sabemos, que o homem branco pode um dia
descobrir – nosso Deus é o mesmo Deus.
Vocês podem pensar agora que vocês O possuem como desejam
possuir nossa terra, mas vocês não podem fazê-lo.
Ele é Deus do homem, e Sua compaixão é igual tanto para com
o homem vermelho quanto para com o branco.
A Terra é preciosa para Ele, e danificar a Terra é acumular desprezo
por seu criador.
Os brancos também passarão, talvez antes de todas as outras tribos.

Mas em seu desaparecimento vocês brilharão com intensidade,
queimados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e para algum
propósito especial lhes deu domínio sobre esta terra
e sobre o homem vermelho.
Esse destino é um mistério para nós, pois não entendemos quando os
búfalos são mortos, os cavalos selvagens são domados, os recantos
secretos da floresta carregados pelo cheiro de muitos homens, e a vista
das montanhas maduras manchadas por fios que falam.

Onde está o bosque?
Acabou.
Onde está a águia?
Acabou.
O fim dos vivos e o começo da sobrevivência.”

Extraído de The Irish Press, sexta-feira, 4 de junho de 1976






6 comentários:

Anônimo disse...

Oi querida !
Não vejo a hora de ir ao salão do livro... Acho que vou na sexta-feira e, com certeza, procurarei as palavras do Grande Cacique Seatle... E mais os das diversas culturas africanas que encontrar.

beijocas
Eliana Ribeiro

Lígia Pin disse...

Oie! Passei por aqui!
Beijos
;o)

Lata Mágica Recife disse...

Fizemos uma oficina com jovens que possuem um disturbio mental, no qual postamos lá no blog as imagens realizadas por eles, onde a arte esta a favor da inclusão social.

Abraços dos amigos da Lata Mágica Recife.

Willam & Odilene

Deise disse...

Olá Fatima, estou linkando seu blog no meu, pois seu blog é imperdível, Tenha um ótimo final de semana. beijos
http://acontadoradehistoria.
blogspot.com/
http://profdeise.blogspot.com/

MAURICIO NEGRO disse...

Fátima,

obrigado pela divulgação das palavras do grande chefe, nesta época de chefes tão pequenos. Um beijo grande a você e suas blogstórias essenciais!!!!

Mauricio Negro

Anônimo disse...

Prezada Fátima, achei tão apropriado ao momento que estamos vivendo em Santa catarina, especialmente em Blumenau e região, que tomei a liberdade de reproduzir o texto em nosso site (http://www.amasanta.org.br/) e em nosso blog "Reconstrua Blumenau" (http://reconstrua-blumenau.blogspot.com/).
Peço a gentileza de, se possível, divulgares.
Abraços,
Walter R. Teixeira
AmaSanta
Associação dos Amigos de Santa Catarina

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