“ Amor demais não atrapalha.
LUCINHA ARAÚJO,
mãe de Cazuza
“ O lado positivo de ter tido um único filho foi que, quando ele precisou de mim, eu pude me dedicar muito mais a ele. Cazuza era muito egoísta, queria tudo para ele. O pai era só dele, a mãe era só dele. Ele não dividia nada com ninguém, nem o palco.
[...]
Até os 14anos Cazuza foi um menino padrão, criado do jeito que eu queria...
Aí ele foi crescendo. Era tão tímido que eu mandava que ele fosse para a rua, brincar com os amigos, andar de bicicleta. Cazuza lia o dia inteiro...
Demorei a descobrir que Cazuza era uma pessoa especial. Fiquei chocada quando ele começou a ter idéias próprias.
[..,]
O pior momento para mim foi quando descobri que meu filho era um ser humano independente. Que eu podia morrer e não ia fazer falta. Foi uma constatação dolorosa.
Hoje sei que aprendi muito mais com ele do que ele comigo. Quando resolvi entrar na dele, eu fui muito mais feliz...
[ ...]
...Um dia resolvi perguntar à queima-roupa pra ele:”Cazuza, meu filho, você é homossexual?” Ele respondeu:”...Eu ainda não fiz a minha escolha...”
Fiquei muito chocada. Eu tive que dar a volta por cima, virar outra mulher, senão eu perdia meu filho. Se eu fosse lutar contra o desejo dele, não ia dar certo.
...” Pode fazer o que quiser da sua vida que estarei sempre do seu lado”. E foi assim até ele morrer.
Aprendi tudo na vida com meu filho. Principalmente depois que ele ficou doente. Foram sete anos de convivência com a AIDS. Primeiro aprendi com a coragem dele...
Aprendi com ele também a não me importar com o que os outros acham de você...
[...]
Acho que a homossexualidade do Cazuza era mais um ato de rebeldia do que qualquer outra coisa. O Cazuza era sempre do contra...
[...]
A minha narrativa ( Só as mães são felizes) não pode ser vista como uma biografia, porque mãe não tem distanciamento suficiente para escrever a biografia de um filho.A minha intenção foi descrever o relacionamento muito intenso entre uma mãe e um filho, e as lições que aprendi tendo um filho homossexual...”
mãe de Cazuza
“ O lado positivo de ter tido um único filho foi que, quando ele precisou de mim, eu pude me dedicar muito mais a ele. Cazuza era muito egoísta, queria tudo para ele. O pai era só dele, a mãe era só dele. Ele não dividia nada com ninguém, nem o palco.
[...]
Até os 14anos Cazuza foi um menino padrão, criado do jeito que eu queria...
Aí ele foi crescendo. Era tão tímido que eu mandava que ele fosse para a rua, brincar com os amigos, andar de bicicleta. Cazuza lia o dia inteiro...
Demorei a descobrir que Cazuza era uma pessoa especial. Fiquei chocada quando ele começou a ter idéias próprias.
[..,]
O pior momento para mim foi quando descobri que meu filho era um ser humano independente. Que eu podia morrer e não ia fazer falta. Foi uma constatação dolorosa.
Hoje sei que aprendi muito mais com ele do que ele comigo. Quando resolvi entrar na dele, eu fui muito mais feliz...
[ ...]
...Um dia resolvi perguntar à queima-roupa pra ele:”Cazuza, meu filho, você é homossexual?” Ele respondeu:”...Eu ainda não fiz a minha escolha...”
Fiquei muito chocada. Eu tive que dar a volta por cima, virar outra mulher, senão eu perdia meu filho. Se eu fosse lutar contra o desejo dele, não ia dar certo.
...” Pode fazer o que quiser da sua vida que estarei sempre do seu lado”. E foi assim até ele morrer.
Aprendi tudo na vida com meu filho. Principalmente depois que ele ficou doente. Foram sete anos de convivência com a AIDS. Primeiro aprendi com a coragem dele...
Aprendi com ele também a não me importar com o que os outros acham de você...
[...]
Acho que a homossexualidade do Cazuza era mais um ato de rebeldia do que qualquer outra coisa. O Cazuza era sempre do contra...
[...]
A minha narrativa ( Só as mães são felizes) não pode ser vista como uma biografia, porque mãe não tem distanciamento suficiente para escrever a biografia de um filho.A minha intenção foi descrever o relacionamento muito intenso entre uma mãe e um filho, e as lições que aprendi tendo um filho homossexual...”
Lucia Rito. É a Mãe!:
visões sobre a figura materna.
Rio de Janeiro: Record, 1998.
visões sobre a figura materna.
Rio de Janeiro: Record, 1998.
Como é difícil ser mãe de um adolescente! Penoso aceitar a necessidade de liberdade e independência, fundamentais para o crescimento emocional do ser humano. É preciso ter coragem para enfrentar as mudanças nesses novos tempos.
Lembro-me então de Gibran: “Vossos filhos...podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos...” Nossa experiência não conta, é necessário VIVER.
Sempre releio esse livro de Lucia Rito, jornalista e autora de biografias. Há depoimentos de mães famosas ou não, filhos e filhas, mitos, poemas, trechos de romances, de peças teatrais, de filmes, reflexões etc. Em suma, variações sobre o mesmo tema: a relação mãe e filhos, suas dores, saudades e descobertas. Selecionei Cazuza e trechos do depoimento de Lucinha Araújo.
Penso que “autonomia é necessária, mas o amor é fundamental”.
Lembro-me então de Gibran: “Vossos filhos...podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos...” Nossa experiência não conta, é necessário VIVER.
Sempre releio esse livro de Lucia Rito, jornalista e autora de biografias. Há depoimentos de mães famosas ou não, filhos e filhas, mitos, poemas, trechos de romances, de peças teatrais, de filmes, reflexões etc. Em suma, variações sobre o mesmo tema: a relação mãe e filhos, suas dores, saudades e descobertas. Selecionei Cazuza e trechos do depoimento de Lucinha Araújo.
Penso que “autonomia é necessária, mas o amor é fundamental”.
Recomendo http://www.blogger.com/www.cazuza.com.br
9 comentários:
Fátima linda,
Boa noite querida!
Gostei de ver aqui um coração de mãe, exposto em palavras de amor pelo seu filho, muito embora eu não ache o Cazuza um referencial saudável para a nossa juventude.
Mas...
Esta é uma opinião, que é minha, e é claro, não desrespeitando as outras.
Pois somos livres em atos e pensamentos, não?
Amei seu blog...
Vou linká-lo no portal..
Beijos, linda
Cara, não foi a elite que invadiu a minha praia. Até pq com eles, tem dialogo.
Quem invadiu minha praia, foi a policia. E eu não preciso de policia.
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Viva Cazuza!
Texto show, de uma mãe que reconhece que aprendeu com o filho.
E que filho! Acho que não sou "um Cazuza". Mas pergunta pra minha mãe.rs
Fátima,
Demorei a chegar. Não foi falta de atenção. Estive fora do ar por uns dias. Problemas sérios na minha máquina..
Bjs
Cara Fátima:
Tenho dá das mães em geral, fui um adolescente para lá de xarope, deixava minha mãe louca...só as mães sabem... de tudo mesmo...
Bjs
Fátima querida...tudo em paz?
Estive fazendo uma pausa, como vc sabe, e estou feliz de, ao retornar, encontrá-la na ativa por aqui também.
Li o livro da Lucinha Araújo, Só as Mães são felizes...
Realmente um CORAÇÃO de mãe, aberto para o amor e a compreensão.
Eu ainda não sou mãe e sinceramente espero ser, um dia.
Mas admirei e admiro muito a maneira franca de escrever e se expor, da Lucinha Araújo...
Ouvi muito e ainda ouço, a música irreverente do Cazuza. Gosto dele, ou melhor, gosto mais mesmo é do Cazuza compositor, o músico...
Como a Vivian falou, não foi um referencial muito saudável, com aquele jeito extravagante de garoto travesso dele rs...
No entanto, uma coisa não podemos negar: a coragem que ele teve em assumir a bissexualidade, e principalmente, em LUTAR contra a AIDS.
Gostei do post, aliás, gosto muito daqui e de vc, vou colocar um link (já devia ter feito isso!) lá nos Retratos, assim chego aqui mais rápido rs.
Grande beijo, querida!
Bom vê-la de volta com a corda toda.
Bom também estar de volta.
O amor de Lucinha Araújo pelo filho Cazuza é incondicional (já deu muitas provas disso) que nem precisaria tentar explicar a homoxesualidade dele.
"Acho que a homossexualidade do Cazuza era mais um ato de rebeldia do que qualquer outra coisa. O Cazuza era sempre do contra..."
Bjs
Fátima,
Agradecemos sua visita. Não visitamos como gostaríamos de visitar nossos amigos. Sem banda larga é difícil, em muitos blogs nem conseguimos abrir (demora para carregar).
William&Odilene
Very cool design! Useful information. Go on! 1995 jeep grand cherokee ltd tire size Charles blackwell volvo
Best regards from NY! »
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