Como a maioria, descobri na rede social Facebook uma ótima fonte de informações principalmente literárias. A única desvantagem é que as informações se perdem no emaranhado de leituras, curtidas, comentários e compartilhamentos. Por este motivo, resolvi postar aqui algumas preciosidades encontradas. A seguir, um texto bem interessante sobre curiosidades literárias descoberto na página Eu amo leitura.
CURIOSIDADES LITERÁRIAS
Esqueça Nostradamus, por
incrível que pareça as maiores previsões do futuro vieram de obras literárias
de alguns escritores famosos. Alguns chegaram a falar que poderiam ter ficado
ricos com suas previsões. Quer saber o
que eles falaram? Então vamos lá:
- JULIO VERNE (1828-1905)
Julio Verne foi um dos
pioneiros do futurismo e previu a existência de viagens espaciais, submarinos,
helicópteros e satélites. Em 1869, o escritor francês imaginou um submarino que
utilizava um combustível eficiente e praticamente inesgotável. A ideia se
concretizou em 1955, com o primeiro submarino de verdade movido por propulsão
nuclear. Ele recebeu o nome de Nautilus em homenagem ao veículo descrito por
Verne.
A descrição de uma viagem à
Lua também foi quase profética: o livro Da Terra à Lua (1865) é praticamente um
rascunho do que ocorreu de fato com o projeto americano Apollo, em 1969. A
duração da jornada (97 horas na ficção e 103, na realidade), o número de
tripulantes (três), os locais de lançamento (a Flórida) e de pouso (o Mar da
Tranqüilidade, na Lua), tudo parece ter sido previsto um século antes. A
cápsula de Verne, em forma de bala, media 4,8m de altura e 2,7m de diâmetro. A
Apollo media 3,7m de altura e 3,9m de diâmetro. Até mesmo o regresso à Terra,
com o pouso no Pacífico e o resgate por um navio, é igual.
- H.G.WELLS (1866-1946)
A lista de invenções e
ideias de Wells que se tornaram realidade é impressionante. Em Guerra dos
Mundos (1898), ele descreve o laser e, em When the sleeper wakes (1899), fala
de portas automáticas. Wells não descreveu especificamente o celular, mas falou
de um futuro em que as pessoas usariam meios de comunicação sem fios e correios
de voz em alguns de seus romances. Suas “previsões” sobre a guerra também foram
impressionantes. Tanques, bombardeamentos aéreos e mesmo bombas nucleares já
estavam descritos em seus livros.
- ARTHUR C. CLARKE (1917 –
2008)
Ele próprio confessa que
teria ficado rico se tivesse patenteado a idéia dos satélites em órbita fixa ao
redor da Terra. A sugestão foi apresentada em um artigo de 1945, como um meio
de melhorar as telecomunicações. O conto A Sentinela (1951) deu origem a 2001:
Uma Odisséia no Espaço, filme de 1968 de Stanley Kubrick sobre o
supercomputador HAL 9000, que comanda uma espaçonave, adquire vontade própria e
começa a eliminar os tripulantes. O filme prevê os computadores capazes de
derrotar o homem no xadrez (coisa que aconteceu em 1997, quando um
supercomputador da IBM bateu o campeão de xadrez Gari Kasparov em um
tira-teima) e mostra uma cidade orbital quase igual à Estação Espacial
Internacional.
Até o iPad já tinha sido
“previsto” por Clarke. No livro 2001, escrito em 1968, baseado no script que
ele escreveu para o filme de Stanley Kubrick, o protagonista utiliza algo
chamado Newspad, um computador usado basicamente para exibir conteúdo como
jornais, atualizados automaticamente, durante uma viagem.
- CYRANO DE BERGERAC (1619 –
1655)
O escritor e duelista
francês existiu de verdade e, sim, tinha um enorme nariz (mas isso não é
relevante). Em pleno século 17, ele descreveu em uma de suas obras algo que se
parecia com um gravador: uma caixa que permitia “ler com as orelhas”. E vai
mais longe: em Viagem à lua (1650), ele fala de uma nave dividida em várias partes
que se queimavam sucessivamente, até situar a cápsula tripulada em órbita.
Parece familiar? A ideia foi retomada por Julio Verne em Da Terra à Lua, de
1865.
- ALDOUS HUXLEY (1894-1963)
A obra mais famosa do
escritor inglês, Admirável Mundo Novo (1932), descreve um cenário sombrio em
que a casta dirigente recorre à lavagem cerebral e à manipulação genética para
manter a população idiota. O livro prevê a liberação sexual dos anos 60, as
drogas químicas, a clonagem e até a realidade virtual, que ali aparece com o
nome de cinema-sensível. Fora todas as outras associações possíveis entre o
“mundo novo” de Huxley e o nosso.
- GEOFFREY HOYLE (1942)
O escritor britânico nascido
em 1942 escreveu o livro 2010: Living in the Future em 1972 e antecipou boa
parte da tecnologia do século 21. Webcams, compras pela internet, ensino à
distância, bibliotecas digitais, estava tudo lá. Olha a descrição de uma sala
com acervo digital em uma biblioteca do futuro: “Os livros, filmes e jornais
estão todos armazenados no computador da biblioteca. Primeiro você acessa o
índice de biblioteca. Este arquivo contém todos os livros que já foram
escritos. Não importa se eles foram primeiro escritos em chinês ou francês.
Eles vão estar aqui, traduzidos para o Inglês. Há também um índice de filmes e
jornais.”
Na descrição de Hoyle, você
pode até virar as páginas usando botões e acessar qualquer livro em sua própria
casa. Ele previu até o déficit de atenção das pessoas do futuro: “Enquanto você
está na biblioteca, você pode querer ver alguns filmes de viagem para lhe
ajudar a decidir para onde irá nas próximas férias. (…) Até mesmo se você
estiver sozinho em sua casa, você pode conversar com seus amigos durante a
aula. É so digitar o número de um amigo e o seu rosto aparece no canto da
tela”.
- GEORGE ORWELL (1903 –
1950)
A expressão Big Brother
surgiu no romance 1984 (1948), em que o autor britânico antevê as paranoias que
se tornariam realidade com as câmeras de vigilância espalhadas hoje por todo
lado. O adjetivo “orwelliano” cabe a todo regime totalitário que altera fatos
históricos a seu favor e só acredita na paz por meio da guerra. Fora que o
autor inspirou um dos reality shows mais famosos do mundo.
- RAY BRADBURY (1920)
No livro Fahrenheit 451 (de
1953), Bradbury imagina os EUA dos anos 90 como uma sociedade hedonista e
anti-intelectual, onde é proibido ler livros. Nesse mundo, todo trabalhador
sonha em comprar sua “televisão de parede”, uma sala com projeções 3D e um
sistema de som multicanal, onde as pessoas se sentem imersas na transmissão de
espetáculos musicais ou competições que testam seu conhecimento sobre cultura
popular, e onde os atores de suas séries preferidas são chamados de família.
Detalhe: quando Fahrenheit foi lançado, em 1953, a televisão colorida havia
sido lançada nos EUA fazia apenas 3 anos e ainda era extremamente cara.
Tecnologias como o laserdisc e sistemas de som multicanal, que iriam tornar
possível os home theaters, só surgiram na década de 1980. E o melhor: Bradbury
ainda está bem vivo e já viu suas previsões acontecerem.
- JOHANN WOOFGANG VON GOETHE
(1749 – 1832)
Além da literatura, Goethe
se interessava muito por ciência e deixou trabalhos importantes em campos como
botânica, física, química e até meteorologia. E ele previu um retrato acertado
sobre o mundo atual também. Em Fausto, Goethe antecipou a questão ambiental que
o homem enfrenta hoje, destruindo a natureza em prol de um suposto desenvolvimento
da civilização. No romance Os anos de peregrinação de Wilhelm Meister, ele
cunhou o termo ‘velocífero’, mistura das palavras “velocidade” e “Lúcifer”,
para se referir a um mundo frenético de velocidade demoníaca.
2 comentários:
Oi, Fátima!
Adoro tudo o que seja relacionado à Literatura. Nesse ponto, realmente o facebook ajuda um bocado!
Beijo grande!
www.oblogdasan.com
Olá pessoas! Vivo em Portugal e estou a começar um blog onde publicarei pequenas Crónicas e contos e gostaria de obter algum feedback de vocês! Então se não for muito incómodo, pelo que me ajudem a dar esse pontapé inicial no mundo da blogosfera!
Obrigada! :)
Http://www.titles-are-too-overrated.blogger.com
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