Comecei minhas leituras visuais pelas histórias em quadrinhos aos quatro anos. Como toda criança de “classe pouco favorecida”, ganhava alguns livros que lia e relia. Felizmente, sou de uma geração que ouvia muitas histórias, mas quando o prazer se tornou hábito saía à caça de quem pudesse me emprestar livros. A leitura se tornou obrigatória quando ingressei no Ensino Normal, atual Formação de Professores, mas já era leitora fluente. Saudosistas consideram que há necessidade daquela lista de livros de leitura obrigatória para o vestibular. Não vejo assim. Acredito que são realmente fundamentais e essenciais, mas literatura é prazer e, se não perceberem que é preciso conquistar novos leitores, estaremos fadados a uma geração sem criatividade, sem iniciativa e incapaz de produzir histórias originais, até para uma mídia de qualidade. Ninguém precisou de lista para ler Gaiman, por isso, minha satisfação com a fila do escritor.
Seu livro mais conhecido, nas estantes das escolas municipais, é Coraline, Ed. Rocco, por fazer parte do pacote do PNBE 2006.
“Neil Gaiman cria em Coraline uma rival contemporânea para a Alice de Lewis Carroll. Usando com habilidade elementos consagrados do gótico e do terror, ele constrói uma atmosfera surpreendente, em que a tensão nasce delicada combinação de filosofia, psicologia, deliciosas citações de Charles Addams, Edgard Allan Poe e O bebê de Rosemary, e uma simplicidade poética invulgar. Aqui as palavras são cristalinas, mas o efeito é devastador.”
Não é que Pierre Bayard tem razão. Acabo de falar de um livro que não li!
Neil Gaiman mora nos Estados Unidos e é autor de Neverwhwre, Good Omens, Angels e Visitations, The days I swapped my dad for two goldfish e já recebeu inúmeros prêmios por eles. Começou como jornalista porque os editores recusavam seus livros. Possui um blog desde 2000 e, durante o período em que esteve no Brasil, escreveu vários textos sobre o país e a Flip. Ainda não li, pois é preciso tempo para traduzir usando o Babel Fish! Nestas horas dou razão ao Jarbas, do Boteco Escola que me diz que ainda há tempo para fazer um curso de inglês, mas cadê tempo e memória? Clique nos títulos abaixo para ler os posts:
Now, when twilight dims the sky above...
The morning found me miles away...
With still a million things to say...
3 comentários:
Olá Fátima,
Inveja, inveja, inveja... Você ao lado do Neil Gaiman e eu aqui... :-)
Se eu pudesse, teria levado minha coleção de Sandman (e adjacências) pra ele autografar. Mas vai ter que ficar pra próxima.
Ouvi dizer que ele foi muito atencioso com todos os fãs. Fiquei satisfeito em saber disso. É bom ver que algumas pessoas, mesmo (merecidamente) famosas, não se esquecem de quem faz valer o seu trabalho.
Ah, e MUITO obrigado pelo vídeo. Esse conto é simplesmente soberbo! Pena que não tem na versão brasileira do livro. Só gostaria de entender porque a Conrad mutilou a obra desse jeito... :-(
Um abraço e até mais.
Oi, Fátima:
assim como o Fred, quase morro de inveja, quando venho ler os relatos.Mas, que bom que vc conta prá gente.
Outra coisa: faça o favor de se inscrever no Congresso.Ele foi criado, primeiramente, para nosso grupo. Portanto, sem desculpas, viu?
bjs
Gaiman é realmente fantástico! Obrigado Fátima, por dividí-lo conosco!
Beijão
Marcelo Maluf
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