"Não precisamos de mais tempo, acho que precisamos de um tempo que seja nosso."
Mia Couto
É por ter repensado esse tempo que resolvi oferecer o meu tempo a este blog.
Descobri esta aula no Facebook. Aprendo muito na rede social, mas desperdiço muito tempo lendo e ouvindo muita coisa que não me interessa. O essencial se perde e aqui permanece para retornar quando quiser.
Mia Couto é um escritor moçambicano. Li o romance Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, os livros de contos O fio das missangas, O beijo da palavrinha e O gato e o escuro.
Não esperem resenha. Leio por prazer e, às vezes, escrevo impressões de leitura ou um texto autoral inspirado na leitura de outro.
Assistam à Aula Magna com paixão porque é puro deleite.
Até breve!
quinta-feira, 14 de julho de 2016
domingo, 1 de novembro de 2015
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
A Jornada do Herói
Olá, amigos e seguidores!
Projetos novos e Facebook tomam o meu tempo. Redes sociais são ótimas fontes de conhecimento e aprendi muito neste tempo em que passei afastada. Entretanto, ter foco é necessário.
Para recomeçar, um vídeo muito bom baseado na obra O Herói de Mil Faces de Joseph Campbell. Se gostam de ler ou escrever histórias fantásticas e mitos, vão gostar.
Até a próxima!
Projetos novos e Facebook tomam o meu tempo. Redes sociais são ótimas fontes de conhecimento e aprendi muito neste tempo em que passei afastada. Entretanto, ter foco é necessário.
Para recomeçar, um vídeo muito bom baseado na obra O Herói de Mil Faces de Joseph Campbell. Se gostam de ler ou escrever histórias fantásticas e mitos, vão gostar.
segunda-feira, 17 de março de 2014
Curiosidades Literárias
Como a maioria, descobri na rede social Facebook uma ótima fonte de informações principalmente literárias. A única desvantagem é que as informações se perdem no emaranhado de leituras, curtidas, comentários e compartilhamentos. Por este motivo, resolvi postar aqui algumas preciosidades encontradas. A seguir, um texto bem interessante sobre curiosidades literárias descoberto na página Eu amo leitura.
CURIOSIDADES LITERÁRIAS
Esqueça Nostradamus, por
incrível que pareça as maiores previsões do futuro vieram de obras literárias
de alguns escritores famosos. Alguns chegaram a falar que poderiam ter ficado
ricos com suas previsões. Quer saber o
que eles falaram? Então vamos lá:
- JULIO VERNE (1828-1905)
Julio Verne foi um dos
pioneiros do futurismo e previu a existência de viagens espaciais, submarinos,
helicópteros e satélites. Em 1869, o escritor francês imaginou um submarino que
utilizava um combustível eficiente e praticamente inesgotável. A ideia se
concretizou em 1955, com o primeiro submarino de verdade movido por propulsão
nuclear. Ele recebeu o nome de Nautilus em homenagem ao veículo descrito por
Verne.
A descrição de uma viagem à
Lua também foi quase profética: o livro Da Terra à Lua (1865) é praticamente um
rascunho do que ocorreu de fato com o projeto americano Apollo, em 1969. A
duração da jornada (97 horas na ficção e 103, na realidade), o número de
tripulantes (três), os locais de lançamento (a Flórida) e de pouso (o Mar da
Tranqüilidade, na Lua), tudo parece ter sido previsto um século antes. A
cápsula de Verne, em forma de bala, media 4,8m de altura e 2,7m de diâmetro. A
Apollo media 3,7m de altura e 3,9m de diâmetro. Até mesmo o regresso à Terra,
com o pouso no Pacífico e o resgate por um navio, é igual.
- H.G.WELLS (1866-1946)
A lista de invenções e
ideias de Wells que se tornaram realidade é impressionante. Em Guerra dos
Mundos (1898), ele descreve o laser e, em When the sleeper wakes (1899), fala
de portas automáticas. Wells não descreveu especificamente o celular, mas falou
de um futuro em que as pessoas usariam meios de comunicação sem fios e correios
de voz em alguns de seus romances. Suas “previsões” sobre a guerra também foram
impressionantes. Tanques, bombardeamentos aéreos e mesmo bombas nucleares já
estavam descritos em seus livros.
sábado, 15 de março de 2014
Dia da Poesia
Foi ontem, dia 14 de março o Dia Nacional da Poesia.
Fica o registro do documentário de "O Poeta de Sete Faces", do diretor Paulo Thiago, é um documentário que aborda e ao mesmo tempo investiga e interpreta os diversos momentos da vida e obra de Carlos Drummond de Andrade. O filme teve sua estréia na 26ª Mostra BR de Cinema e entra em circuito comercial nesta sexta-feira como parte da celebração do centenário do poeta.
Um ponto forte da produção é a acertada fuga do formato documental padrão, ao privilegiar um retrato lírico da trajetória de Drummond.
Por essa razão, o filme transcende o mero registro factual, deixando presente a emoção da arte drummondiana que define o texto, a imagem, a música, a montagem e o desenvolvimento dramático do filme.
Paulo Thiago, conhecido por obras como Águia na Cabeça, Jorge, Um Brasileiro e Policarpo Quaresma, transmite, sem qualquer dúvida, sua imensa paixão pelo poeta, conterrâneo e ídolo.
Some-se a isso a tocante interpretação dos atores, especialmente a de Paulo José, que protagonizou Policarpo. Vê-los declamando as poesias tão singulares de Drummond é um bom exercício de exploração dos sentidos tantas vezes apagados pela rudeza do cotidiano.
O documentário pode ser visto também por suas qualidades didáticas: divide-se em três etapas que correspondem às fases distintas da obra de Drummond.
A primeira fase, "Vai Carlos, ser Gauche na Vida", registra desde o seu nascimento em Itabira, em 1902, até o final da sua Poesia Modernista, em Belo Horizonte, antes da mudança para o Rio de Janeiro, em 1934.
É a fase da poesia com a marca do modernismo de 1922 e também da publicação dos primeiros livros: Alguma Poesia e Brejo das Almas - quando nasce o Carlos Drummond de Andrade dos versos anedóticos, sintético-metafóricos e irônicos.
A segunda fase, A Vida Apenas, Sem Mistificação, começa com a mudança de Drummond para o Rio de Janeiro e vai mostrar o "poeta do seu tempo", o momento de atuação política na vida do escritor aliado à sua obra de crítica social.
E por fim a terceira fase, "Como Ficou Chato Ser Moderno, Agora Serei Eterno", do início dos anos 1950 aos 1980. É o período do poeta-filósofo, do verso enigmático, do cronista de sucesso no Correio da Manhã e no Jornal do Brasil, da glória literária, dos prêmios e homenagens, dos filmes adaptados de sua obra e do retorno aos temas do passado e da memória.
Sem dúvida, as qualidades artística e acadêmica da obra possivelmente podem se tornar referências para novas produções do gênero.
Mesmo se não for aceito pelo público convencional, terá, indubitavelmente, muito a acrescentar às nossas escolas, que parecem ter esquecido a fascinação e o encanto da poesia."
Fonte: Terra
Fica o registro do documentário de "O Poeta de Sete Faces", do diretor Paulo Thiago, é um documentário que aborda e ao mesmo tempo investiga e interpreta os diversos momentos da vida e obra de Carlos Drummond de Andrade. O filme teve sua estréia na 26ª Mostra BR de Cinema e entra em circuito comercial nesta sexta-feira como parte da celebração do centenário do poeta.
Um ponto forte da produção é a acertada fuga do formato documental padrão, ao privilegiar um retrato lírico da trajetória de Drummond.
Por essa razão, o filme transcende o mero registro factual, deixando presente a emoção da arte drummondiana que define o texto, a imagem, a música, a montagem e o desenvolvimento dramático do filme.
Paulo Thiago, conhecido por obras como Águia na Cabeça, Jorge, Um Brasileiro e Policarpo Quaresma, transmite, sem qualquer dúvida, sua imensa paixão pelo poeta, conterrâneo e ídolo.
Some-se a isso a tocante interpretação dos atores, especialmente a de Paulo José, que protagonizou Policarpo. Vê-los declamando as poesias tão singulares de Drummond é um bom exercício de exploração dos sentidos tantas vezes apagados pela rudeza do cotidiano.
O documentário pode ser visto também por suas qualidades didáticas: divide-se em três etapas que correspondem às fases distintas da obra de Drummond.
A primeira fase, "Vai Carlos, ser Gauche na Vida", registra desde o seu nascimento em Itabira, em 1902, até o final da sua Poesia Modernista, em Belo Horizonte, antes da mudança para o Rio de Janeiro, em 1934.
É a fase da poesia com a marca do modernismo de 1922 e também da publicação dos primeiros livros: Alguma Poesia e Brejo das Almas - quando nasce o Carlos Drummond de Andrade dos versos anedóticos, sintético-metafóricos e irônicos.
A segunda fase, A Vida Apenas, Sem Mistificação, começa com a mudança de Drummond para o Rio de Janeiro e vai mostrar o "poeta do seu tempo", o momento de atuação política na vida do escritor aliado à sua obra de crítica social.
E por fim a terceira fase, "Como Ficou Chato Ser Moderno, Agora Serei Eterno", do início dos anos 1950 aos 1980. É o período do poeta-filósofo, do verso enigmático, do cronista de sucesso no Correio da Manhã e no Jornal do Brasil, da glória literária, dos prêmios e homenagens, dos filmes adaptados de sua obra e do retorno aos temas do passado e da memória.
Sem dúvida, as qualidades artística e acadêmica da obra possivelmente podem se tornar referências para novas produções do gênero.
Mesmo se não for aceito pelo público convencional, terá, indubitavelmente, muito a acrescentar às nossas escolas, que parecem ter esquecido a fascinação e o encanto da poesia."
Fonte: Terra
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Farol
Farol
O autor é Po Chou Chi, um jovem director, natural de Taiwan, radicado em Los Angeles, ele produziu a curta Lighthouse ("Farol") cheio de subtilezas e simbolismos, o filme trata delicadamente da relação entre pai e filho, do crescimento, de amor e respeito. Mostra que o fim também é o começo. Assista, é um filme emocionante!
Sei que vão gostar.
Um abraço.
sábado, 19 de outubro de 2013
Jabuti 2013
Estou de volta apenas para divulgar os vencedores de algumas das inúmeras categorias do prêmio Jabuti 2013. Todos sabem da minha preferência por Literatura e destaquei algumas capas de livros pela alta qualidade literária, ilustração e projeto gráfico.
Li e recomendo: Aquela água toda, Primeira palavra, Tom e A máquina do poeta.
Os outros livros fazem parte daquela imensa lista de compras de minhas intermináveis leituras, especialmente aqueles de Literatura Infantil e Juvenil, uma paixão!
Os outros livros fazem parte daquela imensa lista de compras de minhas intermináveis leituras, especialmente aqueles de Literatura Infantil e Juvenil, uma paixão!
CATEGORIAS DE FICÇÃO
Romance
1) "O Mendigo que Sabia de Cor os Adágios de Erasmo de
Rotterdam" (Record), de Evandro Affonso Ferreira
2) "Glória" (7Letras), de Victor Heringer
3) "Barba Ensopada de Sangue" (Companhia das
Letras), de Daniel Galera
Contos ou crônicas
1) "Páginas sem Glória" (Companhia das Letras), de
Sérgio Sant'Anna
2) "Diálogos Impossíveis" (Objetiva), de Luis
Fernando Verissimo
3) "Aquela Água Toda" (Cosac Naify), de João
Anzanello Carrascoza
Ilustrações: Leya Mira Brander
1) "Ela Tem Olhos de Céu" (Gaivota), de Socorro
Accioli
Ilustração de Mateus Rios
Ilustração de Mateus Rios
2) "Visita à Baleia" (Positivo), de Paulo
Venturelli
Ilustração de Nelson Freitas
Ilustração de Nelson Freitas
3) "A Ilha do Crocodilo - Contos e Lendas do Timor
Leste" (FTD), de Geraldo Costa
Poesia
1) "A Voz do Ventríloquo" (Edith), de Ademir
Assunção
2) "Raymundo Curupyra, o Caypora" (Tordesilhas),
de Glauco Mattoso
3) "Porventura" (Record), de Antonio Cicero
Juvenil
1) "Namíbia, Não!" (Edufba), de Aldri Anunciação
2) "Os Anjos Contam Histórias" (Melhoramentos), de
Luiz Antonio Aguiar
3) "Ouro Dentro da Cabeça" (Autêntica), de Maria
Valeria Rezende
CATEGORIAS QUE NÃO CONCORREM A LIVRO DO ANO
Ilustração
1) "Primeira Palavra" (Abacatte), por Elvira Vigna
De Tino Freitas
De Tino Freitas
2) "Dom Casmurro" (Devir), por Mario Cau
3) "Vishnu" (Companhia das Letras), por Fábio
Cobiaco
Ilustração de livro infantil e juvenil
1) "Tom" (Projeto), por André Neves
2) "Simbá, O Marujo" (Cosac Naify), por Fernando
Vilela
3) "A Máquina do Poeta" (SM), por Nelson Cruz
domingo, 9 de junho de 2013
Conchas
CONCHAS
Hermes Bernardi Jr.
Edelbra
Cresci com cheiro de maresia em
praia de águas mansas. Achava que podia pescar peixinhos com as mãos.
Colecionava conchinhas. Medrosa, aprendi a boiar. Nadar, não, porque mar é para
se respeitar, ouvia de mamãe criada em águas de rio e mar. Um dia soube que ele
havia levado um certo menino valente com nome de profeta.
Do eloquente Hermes, mensageiro
da palavra e guia dos vivos rumo ao mundo dos sonhos, descobri por que guardava
meus segredos e histórias em caixas. Agora, passo a amar as conchas com meus
olhos ainda úmidos de maresia através de suas palavras sensivelmente
construídas. Debruço-me sobre seus papéis rasgados e transformados em pura
Arte. Literatura e Arte se complementam
em CONCHAS, sua primeira história de personagem feminina, a Valentina, filha de pescadores e ouvidora
das histórias contadas pelas conchas.
Menina de valentias e medos com seu “ jeito de viver inventado numa
primeira água do pensamento”. No movimento das ondas, conheceu Diogo, menino
medroso da cidade que veio morar fechado entre janelas e portas de um prédio
contruído onde havia uma palmeira. E este menino bobo soube mostrar-se corajoso
e delicado para entender a dor da amiga e salvá-la do Rei do Mar.
Ponho minhas mãos em concha e
escuto o suave murmurar das águas cristalinas da minha ilha. Apuro os sentidos
e ouço histórias de minha infância. Recupero a memória e começo a escrever as
minhas histórias. Suspiro aliviada na marola
da palavra.
Assinar:
Postagens (Atom)