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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Hotel Novo Mundo no Rio


Conheci Ivana Arruda Leite no seu delicioso blog, Doidivana. Contista e cronista, tem publicados os contos Falo de mulher, Ateliê, Ao homem que não me quis, Agir, e a novela Eu te darei o céu, Editora 34. Já tinha lido Confidencial: anotações secretas de uma adolescente, Editora 34, próprio para a minha idade! Por que não? Tenho todas as idades e não resisto a uma história bem contada. Neste livro, conta, com o humor que lhe é característico, as histórias nem tão secretas de sua sobrinha Ana Laura.
Lança agora, no Rio de Janeiro, seu primeiro romance, Hotel Novo Mundo. Veja a sinopse:
Num hotel barato do centro de São Paulo, se cruzam as histórias de várias personagens, tendo como elo de ligação a figura de Renata, uma ex-prostituta que, traída pelo marido rico, abandona sua casa no Rio de Janeiro e transfere-se para a metrópole paulistana. Um livro em que, segundo Ignácio de Loyola Brandão, "a ironia, o sarcasmo e o humor cortante saltam desde a primeira página".
Quer saber mais? Acompanhe aqui tudo sobre a produção do livro e aqui, a entrevista da Ivana para o JB.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Tendências da Literatura Infantil e Juvenil


No dia 30 de julho, quinta-feira, às 16 horas, acontece a segunda edição do “Leitura em Debate”, em 2009. Em seu segundo ano, o projeto traz três convidados, a cada encontro, e conta com a mediação da escritora Anna Claudia Ramos.
O tema será “Tendências da Literatura Infantil e Juvenil contemporânea” e terá a presença de Beth Serra, Soraia Reis e Maria Dolores Prades, que discutirão os seguintes assuntos: as publicações para crianças e jovens nas últimas décadas; as mudanças dos anos 1970 para cá; a influência nos programas de leitura e do mercado escolar na criação dos catálogos editoriais; novas linguagens nos livros para crianças e jovens; o que é considerado como um bom texto e uma boa imagem para publicação.
Os encontros mensais do Projeto “Leitura em Debate” discutem a formação de novos leitores e a literatura infantil e juvenil em seus diversos aspectos. Para isso, escritores, ilustradores, professores, editores, contadores de histórias, teóricos, psicólogos infantis, produtores culturais e pais são convidados para participar, mostrando os diversos olhares que compõe a busca por uma literatura de qualidade e pela formação do leitor.
O “Leitura em Debate” acontece no Auditório Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional (Rua México, S/N. Entrada pelo jardim).
Quaisquer informações adicionais podem ser obtidas por meio dos telefones (21) 2220-2356 ou (21) 2220-2599. O contato também pode ser feito pelo e-mail eventos@bn.br.
ENTRADA FRANCA
Por incrível que pareça, nunca pude ir a um encontro do Leitura em Debate. Vou neste porque estou em recesso escolar. Não há formação continuada para professores que pretendam formar leitores se não têm possibilidade de frequentar eventos como este. A programação do ano pode ser conferida aqui.

domingo, 26 de julho de 2009

Muitos anos de vida



"Somos todos escritores, só que alguns escrevem e outros não."
(José Saramago
)




Ontem foi Dia do Escritor e se Saramago tem razão estou perdida.

Foi também dia de São Tiago e São Cristóvão. "Fiz anos" e sinto-me protegida.

Olhem só que mensagem legal recebi no Orkut.


Mania de Scraps

Tomara que eu tenha ainda muitos anos para me arrepender!

sábado, 25 de julho de 2009

Dia do Escritor



"As palavras sabem muito mais longe"

Bartolomeu Campos de Queirós



Não queiram saber o que conversávamos neste momento tão especial e único para uma leitora de Bartolomeu Campos de Queirós. Vou guardar para sempre seu sorriso e suas palavras em "Tempo de Voo" porque "o meu tempo tem coração".

Bartolomeu representa todos os escritores que desde a minha infância me encantaram com sua poesia e histórias essenciais. Tenho um pouco de cada um pois aprendi a ver o mundo também através de seus olhares, por isso, são tão especiais.
Que meus braços possam enlaçá-los e meu coração, envolvê-los.

domingo, 19 de julho de 2009

Flipinha 2009



Quis fazer uma edição especial para as imagens da Flipinha e aproveitei para testar a nova ferramenta. Clique na imagem para aumentá-la e no play para ouvir um trecho de música. Ainda tenho muito a aprender. Deu trabalho, mas ficou bonitinho!
Não foi possível pôr todas as fotos. Algumas constavam do post anterior. A diferença fica por conta da belezura dos trabalhos realizados pelos alunos das escolas de Paraty. Não foi possível assistir às apresentações e andei usando o celular para fotografar algumas oficinas, porém a resolução deixou a desejar. Talvez resolva mostrá-las.
Tomara que gostem!

Flip 2009




Hoje, mais uma vez, pelo mesmo motivo de sempre, as imagens substituem as palavras.
Mesclei fotos da cidade, Flip, Flipinha e Casa da Cultura. Tudo sem legenda e fora de ordem, isto é, a primeira imagem é a última clicada. Não saberiam se eu não contasse, a não ser que estivessem no evento, mas esta minha língua...
É preciso viver a Flip para saber o que se passa na bela e histórica cidade de Paraty nos cinco dias de literatura e cultura.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Ação Global

Toda iniciativa de incentivo à leitura é bem-vinda e vale a pena ser divulgada. O site LivroClip é um bom exemplo. O Blogstórias Digitais apresentou a proposta em 2008 e alguns clipes de clássicos da literatura brasileira e universal aqui.

A mesma premissa vale para a mídia. O Ação Global tem apresentado bons programas sobre projetos culturais, pena que não sejam no horário nobre. Ou são muito cedo ou muito tarde. Por que será, hein? Entretanto, no último dia 11 de julho, a escritora Ana Maria Machado esteve presente e ressaltou a importância da ferramenta na promoção da leitura.
Confiram.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Theatro Municipal faz 100 anos


Imagem

Eu devia ter ido.
Hoje tive um dia intenso de trabalho. O cansaço e a distância impediram minha ida ao Teatro Municipal nesta noite.
Lembro-me de pelo menos três vezes em que entrei neste suntuoso teatro. Uma para assistir à ópera Carmem, outra para vibrar com o ballet O Quebra Nozes e a primeira de todas foi quando depositei minha emoção e esperança na profissão que escolhi. Isto aconteceu durante minha formatura sem anel e sem fotos aos dezessete anos. Lá estavam meus pais orgulhosos. Eu, muito elegante, vestida com o uniforme de gala do Instituto de Educação.

Posso dizer, com orgulho, que participei da história do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Imagem


Devia ter ido e fiquei aqui remexendo lembranças.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Tempo

Dia disso, dia daquilo.
Pois é, Dia Mundial do Rock!
Penso logo em Pink Floyd.
Pouca conversa porque estou sem tempo!



Letra em inglês aqui .
Tradução aqui .

domingo, 12 de julho de 2009

Arte de Amar

Olha que idéia boa! Havia gente de todas as idades ouvindo poesias de Manuel Bandeira pelo canudo, uma versão do antigo telefone sem fio com um efeito sonoro bem melhor.
Sabem qual era o poema?

Arte de Amar

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.


(MANUEL BANDEIRA - Arte de amar - Estrela da Vida inteira. Rio, Livraria José Olympio Editora, 1979,p. 185)


Assista ao trecho da Conferência de Abertura/Flip 2009

O crítico e escritor Davi Arrigucci Jr. falou sobre Manuel Bandeira e o "alumbramento" em seus poemas. Como não havia conseguido ingresso nem para a tenda do telão, fiquei mesmo no meio daquela multidão, atenta e emocionada.

sábado, 11 de julho de 2009

É preciso saber viver

O Blogstórias Essenciais não pode ficar fora da festa dos 50 anos de carreira de Roberto Carlos, o nosso rei!
Então, vamos ao vídeo de RC em acústico com a participação em solo de Tony Belloto. Muitos jovens só descobriram que a letra de É preciso saber viver era de Roberto Carlos e Erasmo Carlos depois de ser gravada pelos Titãs.
Há ainda preconceito com a Jovem Guarda por não ter sido um movimento musical de cunho político. Sou eclética também em relação à literatura, música, artes. Cada qual tem seu momento, desde que tenha qualidade, é claro. Para saber mais, acompanhe o site oficial aqui.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Festa Literária de Paraty



Olha eu aí no trem do Manuel Bandeira, "Virge Maria, que foi isso maquinista"!

Nem sei quando vou arrumar tempo para mostrar e falar de tudo o que vi na Flip. Desisti de levar o laptop. Ainda bem, não ia escrever nada mesmo. Parecia uma barata tonta, ou melhor, uma formiga apressada! Só participando da grande festa para entender. Estou exausta. Fico devendo ainda as outras imagens do Salão do Livro na FNLIJ. Sem falar da quantidade de livros adquiridos nos dois eventos. E cadê tempo para ler? Ainda dizem por aí que professor não é leitor. Encontrei tantos colegas de trabalho.

Passei aqui para fazer um link do que considero urgente, isto é, o "Movimento Por um Brasil literário", projeto do Instituto C&A, apresentado na Casa da Cultura.

O escritor e poeta Bartolomeu Campos de Queirós, autor do manifesto, lavou a minha alma ao defender a leitura literária.

Manifesto por um Brasil literário


O Instituto C&A, se somando às proposições da Associação Casa Azul – organizadora da Festa Literária Internacional de Paraty -, à Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, ao Instituto Ecofuturo e ao Centro de Cultura Luiz Freire, manifesta sua intenção de concorrer para fazer do País uma sociedade leitora. Reconhecendo o êxito já conferido, nacional e internacionalmente à FLIP, o projeto busca estender às comunidades, atividades mobilizadoras que promovam o exercício da leitura literária.
Reconhecemos como princípio o direito de todos de participarem da produção também literária. No mundo atual, considera-se a alfabetização como um bem e um direito. Isto se deve ao fato de que com a industrialização as profissões exigem que o trabalhador saiba ler. No passado, os ofícios e ocupações eram transmitidos de pai para filho, sem interferência da escola.
Alfabetizar-se, saber ler e escrever tornaram-se hoje condições imprescindíveis à profissionalização e ao emprego. A escola é um espaço necessário para instrumentalizar o sujeito e facilitar seu ingresso no trabalho. Mas pelo avanço das ciências humanas compreende-se como inerente aos homens e mulheres a necessidade de manifestar e dar corpo às suas capacidades inventivas.
Por outro lado, existe um uso não tão pragmático de escrita e leitura. Numa época em que a oralidade perdeu, em parte, sua força, já não nos postamos diante de narrativas que falavam através da ficção de conteúdos sapienciais, éticos, imaginativos.
É no mundo possível da ficção que o homem se encontra realmente livre para pensar, configurar alternativas, deixar agir a fantasia. Na literatura que, liberto do agir prático e da necessidade, o sujeito viaja por outro mundo possível. Sem preconceitos em sua construção, daí sua possibilidade intrínseca de inclusão, a literatura nos acolhe sem ignorar nossa incompletude.
É o que a literatura oferece e abre a todo aquele que deseja entregar-se à fantasia. Democratiza-se assim o poder de criar, imaginar, recriar, romper o limite do provável. Sua fundação reflexiva possibilita ao leitor dobrar-se sobre si mesmo e estabelecer uma prosa entre o real e o idealizado.
A leitura literária é um direito de todos e que ainda não está escrito. O sujeito anseia por conhecimentos e possui a necessidade de estender suas intuições criadoras aos espaços em que convive. Compreendendo a literatura como capaz de abrir um diálogo subjetivo entre o leitor e a obra, entre o vivido e o sonhado, entre o conhecido e o ainda por conhecer; considerando que este diálogo das diferenças – inerente à literatura – nos confirma como redes de relações; reconhecendo que a maleabilidade do pensamento concorre para a construção de novos desafios para a sociedade; afirmando que a literatura, pela sua configuração, acolhe a todos e concorre para o exercício de um pensamento crítico, ágil e inventivo; compreendendo que a metáfora literária abriga as experiências do leitor e não ignora suas singularidades, que as instituições em pauta confirmam como essencial para o País a concretização de tal projeto.
Outorgando a si mesmo o privilégio de idealizar outro cotidiano em liberdade, e movido pela intimidade maior de sua fantasia, um conhecimento mais amplo e diverso do mundo ganha corpo, e se instala no desejo dos homens e mulheres promovendo os indivíduos a sujeitos e responsáveis pela sua própria humanidade. De consumidores passa-se a investidores na artesania do mundo. Por ser assim, persegue-se uma sociedade em que a qualidade da existência humana é buscada como um bem inalienável.
Liberdade, espontaneidade, afetividade e fantasia são elementos que fundam a infância. Tais substâncias são também pertinentes à construção literária. Daí, a literatura ser próxima da criança. Possibilitar aos mais jovens acesso ao texto literário é garantir a presença de tais elementos – que inauguram a vida – como essenciais para o seu crescimento. Nesse sentido é indispensável a presença da literatura em todos os espaços por onde circula a infância. Todas as atividades que têm a literatura como objeto central serão promovidas para fazer do País uma sociedade leitora. O apoio de todos que assim compreendem a função literária, a proposição é indispensável. Se é um projeto literário é também uma ação política por sonhar um País mais digno.

Bartolomeu Campos de Queirós
Junho de 2009

"Agora sim...

Que vontade de cantar!"

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