quarta-feira, 29 de julho de 2009
Hotel Novo Mundo no Rio
terça-feira, 28 de julho de 2009
Tendências da Literatura Infantil e Juvenil
domingo, 26 de julho de 2009
Muitos anos de vida
(José Saramago)
Tomara que eu tenha ainda muitos anos para me arrepender!
sábado, 25 de julho de 2009
Dia do Escritor
domingo, 19 de julho de 2009
Flipinha 2009
Flip 2009
É preciso viver a Flip para saber o que se passa na bela e histórica cidade de Paraty nos cinco dias de literatura e cultura.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Ação Global
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Theatro Municipal faz 100 anos
Eu devia ter ido.
Hoje tive um dia intenso de trabalho. O cansaço e a distância impediram minha ida ao Teatro Municipal nesta noite.
Lembro-me de pelo menos três vezes em que entrei neste suntuoso teatro. Uma para assistir à ópera Carmem, outra para vibrar com o ballet O Quebra Nozes e a primeira de todas foi quando depositei minha emoção e esperança na profissão que escolhi. Isto aconteceu durante minha formatura sem anel e sem fotos aos dezessete anos. Lá estavam meus pais orgulhosos. Eu, muito elegante, vestida com o uniforme de gala do Instituto de Educação.
Devia ter ido e fiquei aqui remexendo lembranças.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
Arte de Amar
Sabem qual era o poema?
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
(MANUEL BANDEIRA - Arte de amar - Estrela da Vida inteira. Rio, Livraria José Olympio Editora, 1979,p. 185)
Assista ao trecho da Conferência de Abertura/Flip 2009
O crítico e escritor Davi Arrigucci Jr. falou sobre Manuel Bandeira e o "alumbramento" em seus poemas. Como não havia conseguido ingresso nem para a tenda do telão, fiquei mesmo no meio daquela multidão, atenta e emocionada.
sábado, 11 de julho de 2009
É preciso saber viver
terça-feira, 7 de julho de 2009
Festa Literária de Paraty
Olha eu aí no trem do Manuel Bandeira, "Virge Maria, que foi isso maquinista"!
Nem sei quando vou arrumar tempo para mostrar e falar de tudo o que vi na Flip. Desisti de levar o laptop. Ainda bem, não ia escrever nada mesmo. Parecia uma barata tonta, ou melhor, uma formiga apressada! Só participando da grande festa para entender. Estou exausta. Fico devendo ainda as outras imagens do Salão do Livro na FNLIJ. Sem falar da quantidade de livros adquiridos nos dois eventos. E cadê tempo para ler? Ainda dizem por aí que professor não é leitor. Encontrei tantos colegas de trabalho.
Passei aqui para fazer um link do que considero urgente, isto é, o "Movimento Por um Brasil literário", projeto do Instituto C&A, apresentado na Casa da Cultura.
O escritor e poeta Bartolomeu Campos de Queirós, autor do manifesto, lavou a minha alma ao defender a leitura literária.
Manifesto por um Brasil literário
O Instituto C&A, se somando às proposições da Associação Casa Azul – organizadora da Festa Literária Internacional de Paraty -, à Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, ao Instituto Ecofuturo e ao Centro de Cultura Luiz Freire, manifesta sua intenção de concorrer para fazer do País uma sociedade leitora. Reconhecendo o êxito já conferido, nacional e internacionalmente à FLIP, o projeto busca estender às comunidades, atividades mobilizadoras que promovam o exercício da leitura literária.
Reconhecemos como princípio o direito de todos de participarem da produção também literária. No mundo atual, considera-se a alfabetização como um bem e um direito. Isto se deve ao fato de que com a industrialização as profissões exigem que o trabalhador saiba ler. No passado, os ofícios e ocupações eram transmitidos de pai para filho, sem interferência da escola.
Alfabetizar-se, saber ler e escrever tornaram-se hoje condições imprescindíveis à profissionalização e ao emprego. A escola é um espaço necessário para instrumentalizar o sujeito e facilitar seu ingresso no trabalho. Mas pelo avanço das ciências humanas compreende-se como inerente aos homens e mulheres a necessidade de manifestar e dar corpo às suas capacidades inventivas.
Por outro lado, existe um uso não tão pragmático de escrita e leitura. Numa época em que a oralidade perdeu, em parte, sua força, já não nos postamos diante de narrativas que falavam através da ficção de conteúdos sapienciais, éticos, imaginativos.
É no mundo possível da ficção que o homem se encontra realmente livre para pensar, configurar alternativas, deixar agir a fantasia. Na literatura que, liberto do agir prático e da necessidade, o sujeito viaja por outro mundo possível. Sem preconceitos em sua construção, daí sua possibilidade intrínseca de inclusão, a literatura nos acolhe sem ignorar nossa incompletude.
É o que a literatura oferece e abre a todo aquele que deseja entregar-se à fantasia. Democratiza-se assim o poder de criar, imaginar, recriar, romper o limite do provável. Sua fundação reflexiva possibilita ao leitor dobrar-se sobre si mesmo e estabelecer uma prosa entre o real e o idealizado.
A leitura literária é um direito de todos e que ainda não está escrito. O sujeito anseia por conhecimentos e possui a necessidade de estender suas intuições criadoras aos espaços em que convive. Compreendendo a literatura como capaz de abrir um diálogo subjetivo entre o leitor e a obra, entre o vivido e o sonhado, entre o conhecido e o ainda por conhecer; considerando que este diálogo das diferenças – inerente à literatura – nos confirma como redes de relações; reconhecendo que a maleabilidade do pensamento concorre para a construção de novos desafios para a sociedade; afirmando que a literatura, pela sua configuração, acolhe a todos e concorre para o exercício de um pensamento crítico, ágil e inventivo; compreendendo que a metáfora literária abriga as experiências do leitor e não ignora suas singularidades, que as instituições em pauta confirmam como essencial para o País a concretização de tal projeto.
Outorgando a si mesmo o privilégio de idealizar outro cotidiano em liberdade, e movido pela intimidade maior de sua fantasia, um conhecimento mais amplo e diverso do mundo ganha corpo, e se instala no desejo dos homens e mulheres promovendo os indivíduos a sujeitos e responsáveis pela sua própria humanidade. De consumidores passa-se a investidores na artesania do mundo. Por ser assim, persegue-se uma sociedade em que a qualidade da existência humana é buscada como um bem inalienável.
Liberdade, espontaneidade, afetividade e fantasia são elementos que fundam a infância. Tais substâncias são também pertinentes à construção literária. Daí, a literatura ser próxima da criança. Possibilitar aos mais jovens acesso ao texto literário é garantir a presença de tais elementos – que inauguram a vida – como essenciais para o seu crescimento. Nesse sentido é indispensável a presença da literatura em todos os espaços por onde circula a infância. Todas as atividades que têm a literatura como objeto central serão promovidas para fazer do País uma sociedade leitora. O apoio de todos que assim compreendem a função literária, a proposição é indispensável. Se é um projeto literário é também uma ação política por sonhar um País mais digno.
Bartolomeu Campos de Queirós
Junho de 2009
"Agora sim...
Que vontade de cantar!"