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sábado, 31 de maio de 2008

10º Salão FNLIJ do Livro Infantil e Juvenil




"Listinha"


Minha "listinha" é sempre extensa. Claro que nunca dá para adquirir tudo. Mesmo assim, faço questão de fazê-la com cuidado, responsabilidade e, acima de tudo, paixão pelas histórias essenciais que estão nos livros.
Durante o Seminário
Vozes da Literatura Infantil no Brasil e no Mundo da FNLIJ, foram debatidos muitos temas. Não fiquei perplexa ao ouvir que professores lêem pouco, dentre os quais estão os de Português. Ficou claro que se investe pouco em livros de literatura e formação de professores, e que se escolhe mal.
Sempre fiz seleção criteriosa e nunca deixei de reclamar do valor que é quase o mesmo há quase dez anos. Optei pela qualidade de texto e de imagem. A maioria dos títulos contemplou os pequenos leitores porque a quantidade era insuficiente na escola. Para adolescentes, jovens e professores há variedade. Questiona-se muito sobre o que oferecer aos adolescentes. Não tenho preconceitos, porque li Agatha Christie compulsivamente e cansei! Há excelentes contadores de histórias, campeões em vendas, autores de livros de qualidade literária discutível. Geralmente, o interesse dos jovens recai sobre séries com os mesmos personagens. Isto explica o sucesso de Harry Potter. Apreciam também aqueles cujos temas tenham ligação com o seu mundo e a sua linguagem, daí o sucesso dos diários. Sendo assim, depois de criado o hábito de leitura, considero necessária a interferência do professor. Bom seria se pudéssemos ler antes de indicar livros aos alunos, contudo nem sempre o ideal é possível.
Aí estão os livros comprados para a escola.
Só fiquei satisfeita depois que enchi minha sacolinha com outros títulos. Aguardem para conferir. Saldo positivo na minha estante! Estou muuuuito feliz!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Contos Tradicionais

Esta é uma das responsáveis pela minha nova faceta: contadora de histórias. O nome dela: Regina Machado. Assumi mais este título quando participava de sua oficina durante o Simpósio Internacional de Contadores de Histórias. Contou muitas histórias, entre as quais, Fátima, a Fiandeira, um conto grego, um dos meus favoritos, e distribuiu objetos variados sobre uma mesa forrada com um belo tecido. Escolheríamos um deles e exporíamos o motivo. Havia apanhado uma minúscula garrafinha de vidro azul que me atraíra. Contei uma história, inventada naquele momento, e disse que me considerava uma leitora apaixonada e narradora de histórias. Ela olhou para mim e contestou: “Quem disse que você não é uma contadora de histórias?”E ainda: “Com esta história, você pode escrever um livro!” Imaginem a emoção.
Regina Machado é professora do Departamento de Artes Plásticas da ECA, na USP, e contadora de histórias de várias culturas do mundo inteiro. Sua pesquisa é sobre a utilização dos contos tradicionais na formação de professores de Arte. É autora de Acordais: fundamentos teórico-poéticos da arte de contar histórias (DCL), livro que tenho lido ultimamente. Publicou também para crianças e jovens os livros indicados a seguir (Companhia das Letrinhas):

A FORMIGA AURÉLIA E OUTROS JEITOS DE VER O MUNDO

"Os sete contos dessa coletânea vêm da tradição oral de culturas orientais. Eles têm em comum o fato de conservarem saberes e experiências acumulados pelas gerações: todos transmitem um aprendizado, um modo de lidar com determinada situação. Há, por exemplo, o conto "Zabeidas, trolas, pimoras, gripas", em que quatro homens de quatro regiões diferentes enfrentam um mesmo problema para o qual imaginam uma mesma solução, mas correm o risco de não resolverem nada porque nenhum deles fala a língua do outro. A solução proposta pelo saber tradicional é um elogio ao convívio das diferenças, ao uso da inteligência em favor do bem comum, ao multiculturalismo."

NASRUDIN

"Como em Formiga Aurélia e outros jeitos de ver o mundo, neste livro Regina Machado demonstra uma fina compreensão da tradição oral, dos aspectos éticos e formais que dão vigor a essas narrativas sem dono.
Originário do folclore da Turquia, o personagem Nasrudin é um mulá (que em árabe significa "mestre"). É um herói curioso: parece ingênuo de tudo, mas é mais esperto do que todos nós. Alguns de seus contos são dignos de um verdadeiro sábio oriental, com enigmas lógicos e soluções mirabolantes. Outros são casos de simpática malandragem, de confusões que só se resolvem com muita esperteza. Nasrudin às vezes lembra um personagem muito familiar aos leitores brasileiros: Pedro Malasartes, cujas travessuras e astúcias são narradas há séculos nos países de cultura ibérica.
Regina Machado combinou os contos do mulá com a história de uma divertida turma de amigos reunidos em torno de Kláun Noguera, uma espécie de contador de histórias que os desafia a adivinhar como Nasrudin se livra de enrascadas e passa a perna nos amigos, no rei e até mesmo na própria mulher."

Título Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ 2001, categoria reconto.

O VIOLINO CIGANO e outros contos de mulheres sábias


" O violino cigano e outros contos de mulheres sábias* é uma coleção de histórias de tradição oral com protagonistas femininas. Diferentemente dos contos tradicionais mais comuns - em que as mulheres são delicadas, frágeis, e normalmente dependem de um homem para serem salvas - as protagonistas dessas dezesseis histórias são verdadeiras heroínas.
Os contos de O violino cigano foram coletados da tradição oral de diversos povos e países, e apresentam um elenco variado de encantadoras protagonistas, em cujas histórias se transmitem, de uma perspectiva feminina, grandes achados da sabedoria própria das narrativas populares. "

* Este título faz parte do PNBE/2006

Ô rosa lira lirais,
Quem tá dormindo acordais,
Quem tá dormindo acordais
Quem tá dormindo acordais
Cantiga tradicional de mulheres
coletada por Lydia Hortélio
Serrinha/Bahia**
**Acordais (DCL)

domingo, 25 de maio de 2008

Histórias da Criação

“Algumas histórias distraem e ensinam, outras comovem profundamente. As histórias nos transformam e nos aproximam mais dos outros, fazem-nos pensar sobre os mistérios da vida, carregam uma energia, uma verdade, uma lição e podem ser instrumento pelo qual entramos em contato com o divino dentro de nós e em nosso redor. Essas são as histórias sagradas.”


Charles Simpkinson e Anne Simpkinson
Histórias Sagradas - Rocco








Ao autografar meu livro O Senhor do Bom Nome e outros mitos judaicos (Cosac & Naify), Ilan Brenman pretendia que as histórias iluminassem a minha vida.





Histórias sempre alimentaram minha alma, principalmente aquelas de culturas antigas ou nativas porque parecem ter vida própria.

O mito que dá título ao livro, narra a história de uma comunidade judaica que tinha a missão de contar histórias sobre seus líderes espirituais. Acreditavam na presença de Deus na vida cotidiana e pregavam o entusiasmo, a fé e alegria para se alcançar a presença e essência divinas. Ao ler algumas narrativas da agadá, parte do Talmude, a Lei Oral, transportei-me para aquela época da criação do mundo. Quem foi que disse que as histórias científicas não comprovadas são reais? Viajei! Procurei a floresta, acendi o fogo e ouvi sete histórias portadoras de segredos que conversam com a Torá, os cinco primeiros livros do Velho Testamento.

Aqueci meu corpo e minha alma. Não sou mais a mesma.




Conheci o escritor e contador de histórias Ilan Brenman, ao participar de sua oficina no Simpósio Internacional de Contadores de Histórias. Fiquei impressionada com a capacidade que tem de envolver-nos com suas histórias e formar uma dança de roda com tanta beleza.

Ilan Brenman filho de argentinos, neto de russos e poloneses, nasceu em Israel e está no Brasil desde 1979. Há mais de quinze anos, conta histórias por todos os cantos do Brasil. Já se apresentou em livrarias, praças públicas, creches, escolas, bibliotecas, assentamento de sem-terra, hospitais... É psicólogo de formação e está terminando o doutorado na Faculdade de Educação da USP." Já fui professor universitário, orientador educacional, consultor de uma ONG". Desenvolve projetos ligados à formação de leitores e já publicou muitos livros.





As crianças da escola gostam muito de ouvir As Narrativas Preferidas de um contador de histórias (DCL) , uma seleção de sete recontos que encantam pessoas de todas as idades em suas apresentações. Destaque para Carne de Língua , um conto africano, e O lenhador e a criação das histórias, conto das Ilhas Canárias.





São deliciosos também os contos de As 14 Pérolas da Índia (Brinque-Book) para quem está em busca da verdade e do caminho da felicidade, segundo a sabedoria indiana. O conto A Serpente e o Vaga-Lume é para compreender quem não suporta o brilho dos outros!



Conheça o site do Ilan.




terça-feira, 20 de maio de 2008

A Teia da Vida

Daniel Munduruku e Maurício Negro

Parceiros na Editora Global, Daniel Munduruku e Maurício Negro publicaram os livros Parece que foi ontem, A primeira estrela que vejo é a estrela do meu desejo e outras histórias indígenas de amor e Outras tantas histórias indígenas de origem das coisas e do Universo.





Parece Que Foi Ontem

"Simplicidade. Sabedoria. Valores aprendidos em comunhão. Daniel Munduruku viveu e vive esses valores e, com muita simplicidade e sabedoria, nos conta um pouco de seu exercício de pertencimento. "Os velhos sãp sábios. Sábios não porque ensinam através das palavras, mas porque sabem silenciar e no silêncio mora a sabedoria. (...) É assim que vivemos nossa tradição. É assim que desempenhamos nosso ser social: pelo respeito às tradições, pelo respeito ao saber do outro e pelo exercício do pertencimento a uma teia que nos une ao infinito." O livro permite também uma experiência bastante diferente - uma viagem por um novo código: a língua dos Munduruku."

A Primeira Estrela que vejo é a Estrela do
meu Desejo e Outras Histórias Indígenas de Amor

"A Estrela das Águas", "Candiê-Cuei", "Só o Amor é Tão Forte", "A Primeira Estrela que Vejo é a Estrela do Meu Desejo" e "O Perfume Enlouquecedor", cinco histórias que, segundo o autor, Daniel Mundukuru, são para serem lidas com o coração. O amor é fundamental para nossas vidas. (...) Se olharmos a história das relações humanas veremos que ela é feita de encontros e desencontros. Seja no ocidente ou no oriente, as pessoas se relacionam umas com as outras buscando uma fórmula para se viver bem a maravilha experiência de estar vivo. (...) Com os povos indígenas acontece da mesma forma. (...) Há, porém, um elemento importante nas histórias de amor que alimenta nossos povos: o amor tem uma dimensão social fundamental. (...) É possível amar alguém e amar toda uma comunidade ao mesmo tempo. "




Outras tantas histórias indígenas de origem das coisas e do Universo
"Quatro histórias são recontadas pelo autor. Duas tratam da origem do fogo, uma do mito do povo Tariano, do Amazonas, e outra do mito do povo Bororo, de Mato Grosso; uma terceira sobre a origem do Universo, mito do povo Aruá, habitante da região de Rondônia, e uma quarta sobre a origem do povo Kaiapó, habitante da região do Pará. No prefácio do livro, o autor, Daniel Munduruku, comenta: Estas histórias que estou recontando fazem parte de um grande diálogo entre natureza e cultura. É uma conversa que vem se repetindo ao longo da história humana neste nosso planeta. (...) Estas histórias contam como alguns dos povos indígenas do Brasil criaram um caminho muito próprio e especial e como "receberam seus bens culturais" que os tornou humanos sujeitos a erros e a acertos durante sua caminhada. É com este olhar que os convido a entrar em contato com estas histórias... "



Agora lançam A Palavra do Grande Chefe no Espaço Biblioteca do 10º Salão do Livro da FNLIJ no Museu de Arte Moderna, dia 24 de maio às 16 horas.



“Lançar A PALAVRA DO GRANDE CHEFE é um sonho compartilhado com o escritor e parceiro Daniel Munduruku. Durante alguns anos reunimos diversas versões, recortes e fragmentos – dos mais diversos autores – que se prontificaram a recontar o célebre pronunciamento do carismático líder indígena. Fizemos nossa própria releitura. Quem jamais conheceu nenhuma delas, ou mesmo quem guarda o discurso na memória, terá uma outra oportunidade de ler A PALAVRA DO GRANDE CHEFE, afirma Maurício Negro em seu blog, aliás, o ilustrador tem dois: Feijão Preto e Negro Atividade.


Sempre usei fragmentos do discurso feito pelo Chefe Seattle ao Presidente Franklin Pierce em 1854 quando ainda não havia livros disponíveis de temática e autoria indígenas. Como o livro é insubstituível, será maravilhoso ter em mãos um objeto de tal valor. Para quem não lembra desta declaração de amor e respeito à natureza, seguem alguns trechos:




“Como você pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? A idéia é estranha para nós.
Se nós não somos donos da frescura do ar e do brilho da água, como você pode comprá-los?
Cada parte da Terra é sagrada para o meu povo...


Ensinem as seus filhos o que ensinamos aos nossos,
que a Terra é nossa mãe.
Tudo o que acontece à Terra, acontece aos filhos da Terra.
Se os homens cospem no chão, eles cospem em si mesmos.

Isto nós sabemos – a Terra não pertence ao homem –
o homem pertence à Terra.
Isto nós sabemos.
Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família.
Todas as coisas estão ligadas.

Tudo o que acontece à Terra – acontece aos filhos da Terra.
O homem não teceu a teia da vida – ele é meramente um fio dela.
O que quer que ele faça à teia, ele faz a si mesmo.

Mesmo o homem branco, cujo Deus anda e fala com ele como de
amigo para amigo, não pode ficar isento do destino comum.

Podemos ser irmãos, afinal de contas.
Veremos.
De uma coisa nós sabemos, que o homem branco pode um dia
descobrir – nosso Deus é o mesmo Deus.
Vocês podem pensar agora que vocês O possuem como desejam
possuir nossa terra, mas vocês não podem fazê-lo.
Ele é Deus do homem, e Sua compaixão é igual tanto para com
o homem vermelho quanto para com o branco.
A Terra é preciosa para Ele, e danificar a Terra é acumular desprezo
por seu criador.
Os brancos também passarão, talvez antes de todas as outras tribos.

Mas em seu desaparecimento vocês brilharão com intensidade,
queimados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e para algum
propósito especial lhes deu domínio sobre esta terra
e sobre o homem vermelho.
Esse destino é um mistério para nós, pois não entendemos quando os
búfalos são mortos, os cavalos selvagens são domados, os recantos
secretos da floresta carregados pelo cheiro de muitos homens, e a vista
das montanhas maduras manchadas por fios que falam.

Onde está o bosque?
Acabou.
Onde está a águia?
Acabou.
O fim dos vivos e o começo da sobrevivência.”

Extraído de The Irish Press, sexta-feira, 4 de junho de 1976






segunda-feira, 19 de maio de 2008

Arteterapia

CONVITE

A WAK EDITORA E LIVRARIA LEONARDO DA VINCI

CONVIDAM

PARA O LANÇAMENTO DO LIVRO

CONTOS DE FADA

DE ADRIANA MEDEIROS E SONIA BRANCO

Contos de Fada: Vivências e Técnicas em Arteterapia

DIA 19 DE MAIO - SEGUNDA-FEIRA
A PARTIR DAS 17 HORAS
NA LIVRARIA LEONARDO DA VINCI
AVENIDA RIO BRANCO 185 - SUBSOLO - CENTRO - RIO DE JANEIRO
"Este trabalho apresenta atividades em Arteterapia associadas aos tradicionais Contos de Fada, a serem aplicadas em ambiente educacional como proposta para educadores e arteterapeutas ou outros grupos de profissionais da educação e saúde infantis.Junto aos Contos e às técnicas apresentadas, um pouco da história de cada técnica de arte e seu desenvolvimento pelos rumos da humanidade, bem como sua importância no amadurecimento das civilizações que as criaram e utilizaram e sua utilização terapêutica em ateliê de Arteterapia.Os Contos clássicos selecionados foram mais próximos possíveis do original – extremamente aterrorizantes e cruéis –, porém foi utilizada uma versão menos assustadora e procurou-se manter a integridade dos símbolos míticos e dos arquétipos neles encontrados. Desta forma, o presente trabalho é indicado não só para profissionais de Arteterapia mas também para aqueles profissionais, educadores, que busquem auxílio para recuperar o desgastado processo de criatividade que assola nossas salas de aula."
Adriana Medeiros é Arte-Educadora desde 1996, especialista em Arteterapia em Educação e Saúde e em Psicopedagogia pela UCAM, Professora de História da Arte pelo Estado do Rio de Janeiro e Docente da disciplina de História da Arte no CIETH. Vem desenvolvendo nos últimos anos projetos de Arte-Educação nas escolas regulares do Estado e da rede particular de Ensino Fundamental e Ensino Médio, bem como projetos de arte-expressão com as comunidades ao redor dos núcleos estaduais do EJA por meio do CES. Desenvolve oficinas e vivências em Arteterapia. Atualmente, desenvolve trabalho de pesquisa em Psicopedagogia, utilizando a arte como instrumento facilitador do processo de aprendizado.

Sonia Branco é Fonoaudióloga desde 1982, especialista em Arteterapia em Educação e Saúde pela UCAM, Arteterapeuta pelo grupo de formação da Ms Maria Cristina Urrutigaray, contadora de histórias, escritora de histórias infantis e artista plástica. Desenvolveu durante 25 anos projetos na área de Educação Especial, especialmente envolvendo o processo de expressão pelo fazer artístico. Vem aplicando e pesquisando as técnicas de Arteterapia aplicadas aos distúrbios da comunicação e ao seu desenvolvimento e estabelecendo padrões alternativos de comunicação expressiva para portadores de necessidades educacionais especiais e autistas. Foi Fonoaudióloga do movimento apaeano em diversas cidades. Desenvolve oficinas e vivências com contos de fada.

domingo, 18 de maio de 2008

Terça eu conto pra você!

Terça eu conto pra você!, prêmio Nacional, O Sul e os Livros 2007 na categoria "Melhor projeto de incentivo à leitura", leva o escritor Hermes Bernardi Jr. para contar histórias em entidades assistenciais de todo o Brasil, sempre às terças-feiras.




Hermes Bernardi Jr. é escritor, editor, contador de histórias e coordenador regional da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil. Reside em Porto Alegre. Tem dez livros publicados. Seu primeiro título, Abecedário Alegre do Porto, é adotado pelas escolas da capital gaúcha há dez anos. Já Planeta Caiqueria, publicado pela Editora Projeto, recebeu o selo PNBE 2005, do MEC. Em 2007, publicou Casa Botão, pela DCL. Em 2008, lança E um rinoceronte dobrado, pela Editora Projeto, no 10º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens.






Hermes Bernardi Jr.
Lançamento do livro E um rinoceronte dobrado, Ed. Projeto
Espaço FNLIJ de Leitura
24/5/2008
18:00



O que eu colocaria numa caixa de sapatos?
Pouca coisa, com certeza...
(...)
Colocaria uma fotografia,
uma radiografia do pé,
a dentadura da minha tia
e todos os sabores de picolé.

“Um poema-brincadeira sobre o tanto e o tudo que alguém poderia guardar de lembrança numa pequena caixa de sapatos. A publicação é para crianças de todas as idades e oferece uma imersão num conjunto superintenso de imagens visuais e verbais. Guto Lins ilustra de forma inusitada as piruetas poéticas de Hermes. O resultado só poderia ser uma leitura que surpreende, que faz rir e que faz pensar.”




Planeta Caiqueria
Autor: Hermes Bernardi Jr.
Ilustrador: André Neves
Prêmio Açorianos de Ilustração – SMC/PMPA / 2004
Selecionado para o PNBE / 2005

Histórias retangulares
misturadas com quadradas.
Histórias amarelas
abraçadas com alaranjadas.
Histórias longas, narradas,
debochavam das curtas, rimadas.

"Uma estranha criatura vive num Planeta regando frases que viram flores e histórias. Mas por não ter memória, a criatura tranca as suas histórias em caixas. Faz sempre assim, até que um dia algo surpreendente lhe acontece. O autor dedica o livro às criaturas que escrevem, especialmente às que escrevem para as crianças, e às que lêem, especialmente às que lêem para outras criaturas."

O livro Casa Botão, publicado pela Editora DCL, com texto do Hermes e ilustrações de Ellen Pestili, foi o vencedor na categoria livro infantil do 17° Prêmio Fenando Pini de Excelência Gráfica.

"A história do livro Casa Botão, inventada por Hermes Bernardi Jr., se passa na Ilha de Tecido, fica ao norte do país chamado Molde.
A trama se desenvolve dentro da loja Alfinetes. A personagem principal é um botão vermelho. Diferentemente dos demais botões, Vermelho era o único assim: velho e desbotado. Os outros, não. Os outros eram bonitos, tinham família grande e alguns eram até forrados em veludo!Quando anoitece, o dono da loja nem imagina a farra que os botões fazem do lado de fora da gaveta! Participar da Parada dos botões é privilégio de poucos. Vermelho é muito tímido e está sempre isolado. Seu grande desejo é, um dia, ocupar casa em alguma saia ou pousar sobre um decote bem cavado. Era desejo de botão. Mas ele ficou esquecido na gaveta. Vermelho, tristonho, desiste de tudo, até que uma garotinha aparece na loja, desejando comprar um botão. Vermelho é o escolhido! Do lado de fora da gaveta, suas expectativas são grandes..."

Conheça o trabalho do Hermes Bernardi Jr.

Visite o blog.

sábado, 17 de maio de 2008

Cavaleiro Andante



No início era o nada. Mas lá do alto, muito além do horizonte, no reino celestial, o Grande Espírito fez descer à terra dois irmãos gêmeos que viviam no céu e mandou, que em seu nome, criassem tudo...”


Assim começa MUNDARÉU uma história de Celso Sisto inspirada em uma reunião de lendas dos índios Tikuna. O livro, publicado pela Editora Paulus, foi selecionado para o catálogo da 45ª feira de livros infantis de Bolonha.
Pela mesma editora, MÃE ÁFRICA: mitos, lendas, fábulas e contos recebeu o selo de Altamente Recomendável em 2007.

Veja o que o autor e ilustrador disse na ocasião:

“Certamente, estou feliz! Principalmente por perceber que meus dois livros, um relacionado com a cultura africana, o outro, com a cultura indígena, podem abrir caminho para que divulguemos, cada vez mais as histórias populares dessas culturas, formadoras da nossa brasilidade! Isso sim, me deixa imensamente feliz! Contribuir para esse respeito e admiração!”
Quem não conhece Celso Sisto de Ver-de-ver-meu-pai, Assim É Fogo! , O Dono da Voz, Textos e Pretextos da Arte de Contar Histórias!
Assista ao Slide com alguns de seus livros:






Visite o blog do escritor, ilustrador, contador de histórias, e descubra porque ele é, certamente, um Cavaleiro Andante.

sábado, 10 de maio de 2008

Expedição Pedagógica



Estas são algumas imagens da Expedição Pedagógica - Etapa Machado de Assis - realizada pela 4ª Coordenadoria de Educação da SME/RJ.
Destaque para a palestra impecável de Sílvia Eleutério e Márcia Kaskus, autoras do livro O Baú do Seu Machado com ilustrações de Victor Tavares - Editora ZEUS.
Sílvia Eleutério adapta textos e dirige o Ciclo de Leituras - Dramarturgia de Sempre - na Academia Brasileira de Letras. Em 2003, dirigiu a peça infantil para bonecos O Baú do Seu Machado na ABL. Márcia Kaskus escreveu, produziu e atuou na mesma peça. É produtora teatral e cinematográfica, e trabalha no Ciclo de Leituras Dramatizadas.

Veja notícia publicada no jornal O GLOBO:

Em cartaz a partir de hoje, no Rio, Machado de Assis

ABL promove até novembro leituras de peças do escritor

Alessandra Duarte

A casa do escritor Machado de Assis quer que o público conheça o dramaturgo Machado de Assis. A partir de hoje, e até novembro, a Academia Brasileira de Letras (ABL) promove um ciclo de leituras dramatizadas com peças escritas pelo Bruxo do Cosme Velho, mais conhecido por sua literatura do que por sua dramaturgia, dentro do projeto Teatro na ABL. Uma homenagem ao centenário de morte do autor, este ano, o ciclo, chamado "A dramaturgia de Machado de Assis", terá leituras com entrada gratuita por duas quartas-feiras de cada mês, sempre às 15h, no Teatro Raimundo Magalhães Jr., espaço na ABL com 288 lugares.
São oito peças de Machado de Assis, num ciclo que começa com "Hoje avental; amanhã luva" (comédia que critica os preconceitos sociais), hoje e no próximo dia 30. No elenco, Camllo Bevilacqua, Priscila Assum e FeIipe Martins.
- É a primeira peça de Machado (de 1861) - diz a responsável pelo projeto do ciclo de leituras, Sílvia Eleutério.
Em maio, vem a leitura de "O caminho da porta", seguida por "Desencantos", em junho; "O protocolo", em julho; "Quase ministro", em agosto; "As forças caudinas", em setembro, mês da morte de Machado de Assis; "Não consultes médico", em outubro; e "Lição de botânica", em novembro.
As leituras são um projeto que a ABL realiza desde 2004, diz Sílvia Eleutério:
- Escolhemos escritores brasileiros sobretudo do século XIX, que poucas vezes aparecem nos palcos. Geralmente se montam autores brasileiros do século XX, e os outros nacionais ficam esquecidos. Os próprios atores se surpreendem ao saberem que José de Alencar, por exemplo, também foi um grande dramaturgo.

O Globo (RJ) 16/4/2008


Após a apresentação do programa
Nós da Escola, "O Bruxo do Cosme Velho", assistimos aos esquetes escritos, produzidos e encenados por professores da Sala de Leitura Pólo E.M. Leonel Azevedo e Satélites. Machado de Assis estava lá sentado observando suas personagens de romances e contos, entre os quais: Filosofia de um par de botas, A Cartomante, Dom Casmurro, O Alienista.
Antes do encerramento, a palestra "Machado de Assis: Ciclando a Literatura" de professora da E.M. João de Deus.

A expedição durou o dia inteiro. Saímos com muitas idéias para "festejar" o Centenário da Morte do nosso melhor escritor!

sábado, 3 de maio de 2008

Oficina de Contadores de Histórias






"Se quiser falar ao coração dos homens, há que se contar uma história. Dessas onde não faltem animais, ou deuses e muita fantasia. Porque é assim - suave e docemente - que se despertam consciências."
Jean de La Fontaine

Participar da Oficina de Contadores de Histórias, no Museu do Folclore, nos jardins do Museu da República e no Paço Imperial, orientada pelo contador de histórias e escritor Francisco Gregório Filho foi realizar um sonho antigo. Sempre assisti embevecida às suas palestras. Ele ainda não sabe, mas é um dos responsáveis pelo relato Minha casa conta histórias premiado pelo blog O Mundo Encantado de Cecília Meireles.
Durante a oficina recebi "suporte técnico, a partir de referências teóricas e bibliográficas, e prático, por meio de ambiências e vivências de narrativas pessoais e autorais". Quer saber? Ouvi, li e contei histórias, cantei, dancei, brinquei, conheci pessoas: educadores, estudantes e profissionais de diferentes áreas, com os quais compartilhei vivências pessoais, porque ele consegue tranformar qualquer espaço num ambiente acolhedor, onde rompemos o tempo presente e instituímos um tempo simbólico*, indispensável ao reconhecimento de nossas verdadeiras histórias**.
Generoso, presenteou-nos com um dos seus livros, Difícil Passagem, Editora Santa Clara, memórias de Chico, sua travessia com as pipas, porque, como disse Joseph Campbell, precisamos saber que tudo na vida é uma história.


Outros livros do autor:
Guardados no Coração, Editora Amais;
Lembranças Amorosas, Editora Global;
Grávidas Histórias, Ed. Amais
Dona Baratinha e Outras Histórias Ed. Rocco.

* Busatto, Cléo- A Arte de Contar Histórias
no Século XXI. Petrópolis: Vozes, 2006.
** Simpkinson, Charles e Anne. Histórias
Sagradas: uma exaltação do poder de
cura e transformação. Rio de Janeiro:
Rocco, 2005.

Oficina: de 3 a 31 de maio.
Informações: Setor Educativo, Paço Imperial.
Tel: (21) 2533-7762/2533-4407/2533-4491 ramal 250.
e-mail:educativo@pacoimperial.com.br
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