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domingo, 22 de abril de 2007

Língua Portuguesa II

Maquete do Museu da Língua Portuguesa

Pode-se afirmar que a partir do século IX já existia a Língua Portuguesa, embora apenas como instrumento de comunicação falada. Com a Reconquista, em meados do século XII, Portugal já ocupa uma faixa do Minho ao Tejo, depois da tomada de Lisboa aos árabes. Do século XIII ao XVI, surge a primeira fase do Português escrito (Português Arcaico), em que se contam os documentos, as prosas das novelas de cavalaria, as crônicas de Fernão Lopes, a poesia trovadoresca e o teatro de Gil Vicente. O Português Moderno, do século XVI aos nossos dias, vem de Camões, marco da língua moderna, até Herculano, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz, José de Alencar, Machado de Assis, Guimarães Rosa, entre outros.
Esse idioma, falado por cerca de 250 milhões de pessoas no mundo, não é, na verdade “a última flor do Lácio”. O romeno foi classificado como latino no século XX. Na época de Bilac não se sabia disso.
Se hoje, preferimos xingar a insultar, comer mingau e não papa, dizer que aquela jovem vizinha é uma bela moça e não uma rapariga, entre muitas outras particularidades, entendemos que são formas de expressão que caracterizam uma nova modalidade ou estilo diferente da mesma língua.
Se Manuel Bandeira estava “farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo”, verificamos que ele, através da “palavra-língua”, nos contemplou com as idéias de seu tempo e suas emoções, e constatamos que construímos uma língua literária adequada à realidade lingüística brasileira.
Se “cá estou a escrever” ou “estou escrevendo aqui” neste blog ou blogue, mudo o estilo, porém a unidade da língua permanece para preservar a cultura de um povo.
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